Ideal de Vida

Tenho como ideal uma vida equilibrada em vários aspectos. Não só na dimensão física, mas também mental e espiritual. Em nossa sociedade, a busca da felicidade sempre é externa, num processo árduo de se preencher com alguma coisa ou com alguém. Como diz Fernando Pessoa: " Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não poderemos crescer emocionalmente. Enquanto não atravessarmos a dorda nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser UM. " Ou ainda como diz Antonie de Saint-Exupéry: " Amar não é um olhar para o outro, mas ambos olharem na mesma direção". Buscar a felicidade é, antes de mais nada, se desprender de velhos hábitos e apegos, é não ter medo de largar velhos caminhos que sempre nos levam aos mesmos lugares e buscar outras trilhas, livrando-se das roupas velhas que já tem o formato do nosso corpo. _/\_


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Correta Visão da Vida

Quando a criatura se resolve por diluir o véu da ignorância, que encobre a realidade da vida espiritual, começa a libertar-se da mais grave cegueira, que é a propiciada pela vontade.
Cegos não são apenas aqueles que deixaram de enxergar; senão todos quantos se recusam a ver, sendo piores os que fogem das evidências a fim de permanecerem na escuridão.
A vida, por sua própria gênese, é de origem metafísica, possuindo as raízes poderosamente fincadas no mundo transcendental, que é o causal. Expressando-se na condensação da energia, que se apresenta em forma objetiva, não perde o seu caráter espiritual; elo contrário, vitaliza-se por seu intermédio.
Quando a consciência acorda e as interrogações surgem, aguardando respostas, as contingências do prazer fugaz e sem sentido cedem lugar a necessidades legítimas, que são as responsáveis pela estruturação do ser profundo, portanto, imortal.
Simultaneamente, os valores éticos se alteram, surgindo novos conceitos e aspirações em favor dos bens duradouros, que são indestrutíveis, e passíveis de incessantes transformações para melhor, na criatura.
Desperta-se-lhe então a responsabilidade, e a visão otimista do progresso assenhoreia-se de sua mente, estimulando-a a crescer sem cessar. A sensibilidade se lhe aprimora e seu campo de emoções alarga-se, enriquecendo-se de sentimentos nobres, que superam as antigas manifestações inferiores, tais o azedume, a raiva, o ressentimento, a amargura, a insatisfação...
Porque suas metas são mediatas, a confiança aumenta em torno da Divindade e as realizações fazem-se primorosas, conquistando sabedoria e amor, de que se exorna a fim de sentir-se feliz.
*
Quando a criatura se encontra com a realidade espiritual, toda uma revolução se lhe opera no mundo interior.
Dulcifica-se o seu modo de ser e torna-se afável.
Tranqüiliza-se ante quaisquer acontecimentos, mesmo os mais desgastantes, porque sabe das causalidades que elucidam todos os efeitos.
Nunca desanima, porque suas realizações não aguardam apoio ou recompensas imediatas.
Identifica no serviço do bem os instrumentos para conseguir a perfeita afinidade com o amor, e doa-se.
Na meditação em torno dos desafios existenciais ilumina-se, crescendo interiormente, sem perigo de retrocesso ou parada.
Descobre no século os motivos próprios para a evolução e enfrenta-os com alegria, dando-se conta que viver, no mundo, é aprender sempre, utilizando com propriedade cada minuto e acontecimento do cotidiano.
Usa as bênçãos da vida, porém, não abusa, de cada experiência retirando lições que incorpora às aquisições permanentes.
Acalma as ansiedades do sentimento, por compreender que tudo tem seu momento próprio para acontece; e somente sucede aquilo que se encontra incurso no processo da evolução.
Aprende a silenciar, eliminando palavras excessivas na conversação, e, logrando equilíbrio mental, produz o silêncio mais importante.
Solidário em todas as circunstâncias, não se precipita, nem recua.
Conquista a paz e torna-se irmão de todos.

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